Você já pensou em fazer um Planejamento Previdenciário para a sua aposentadoria?
Muitas pessoas acreditam que basta contribuir ao INSS e esperar o momento da aposentadoria.
Mas a realidade é bem diferente.
Sem um bom planejamento, você pode acabar recebendo menos do que imagina, ou até mesmo enfrentar dificuldades para se aposentar.
Pensando nisso, preparei esse post.
Aqui, eu vou mostrar por que você deve fazer um planejamento previdenciário.
Confira:
- O que é um Planejamento Previdenciário?
- Por que você deve fazer um Planejamento Previdenciário?
- Qual advogado que faz o Planejamento Previdenciário?
Com todas essas informações você vai ver que com um bom planejamento previdenciário é possível garantir uma aposentadoria sem surpresas e complicações.
1. O que é um Planejamento Previdenciário?
O Planejamento Previdenciário é uma análise detalhada da sua vida laboral e das suas contribuições ao INSS.
Esse processo considera diversos fatores, dentre eles:
- Tempo de contribuição;
- Faixa etária em que você se encontra;
- Categoria em que está registrado;
- Regras de aposentadoria que estão em vigor no momento.
Um planejamento bem feito permite que você tenha um panorama claro das suas opções de aposentadoria, ajudando a escolher o benefício mais vantajoso.
Assim, você terá clareza sobre seus direitos, saberá quais passos seguir e poderá aumentar o valor do seu benefício, garantindo uma aposentadoria mais tranquila e segura.
Se você quiser se aprofundar no assunto, eu tenho um artigo no Blog explicando tudo sobre “Como fazer um Planejamento Previdenciário?” e recomendo conferir.
2. Por que você deve fazer um Planejamento Previdenciário?
Se você ainda está em dúvida, eu listei 6 principais razões porque você deve fazer um Planejamento Previdenciário:
1. Fazer o requerimento da aposentadoria no momento certo
Quando falamos em aposentadoria, estamos tratando de um momento que precisa ser bem planejado, porque ele vai determinar a qualidade da sua renda pelo resto da vida.
Infelizmente, muitas pessoas, por falta de orientação, acabam se aposentando antes do tempo ideal ou sem observar as regras previdenciárias.
Desde a Reforma da Previdência de 2019, existem várias regras de transição que podem ser mais vantajosas para quem já estava contribuindo antes das mudanças.
E o que vale hoje pode não valer daqui a alguns anos.
Logo, com a ajuda de um planejamento previdenciário, você pode identificar qual dessas regras é mais favorável para o seu caso, aumentando o valor do benefício e reduzindo o impacto das novas regras
Vou mostrar um exemplo de como o planejamento previdenciário garante que você se aposente no momento certo.
Exemplo do João
Imagine que João tem 58 anos de idade e 35 anos de tempo de contribuição e está pensando em se aposentar.
Sem o planejamento, ele poderia simplesmente entrar com o pedido de aposentadoria agora e garantir um benefício com o valor que o INSS calcular.
Mas será que esse valor realmente é o melhor que João pode receber?
Importância do planejamento previdenciário
Antes de dar entrada na aposentadoria, João procurou um advogado previdenciário para analisar o seu caso.
Ao fazer um planejamento previdenciário, o advogado verificou que se João continuasse contribuindo para o INSS por mais 2 anos, poderia:
- Completar uma regra de transição mais vantajosa, resultando em um fator de cálculo mais favorável;
- Aumentar a média salarial dos seus últimos anos, o que contribui para elevar o valor final do benefício;
- Aproveitar melhor o tempo de contribuição e garantir uma aposentadoria com mais pontos, aumentando o valor mensal.
Muitas vezes, antecipar o pedido de aposentadoria pode ser tentador, mas isso pode significar perder um valor maior ao longo dos anos.
Assim, com um planejamento previdenciário, você consegue simular cenários e identificar o momento exato em que o valor da sua aposentadoria será mais vantajoso.
Cada ano extra de contribuição pode aumentar o valor da aposentadoria final, principalmente para quem está próximo da idade mínima ou do tempo de contribuição necessários.
2. Ajustar o valor das contribuições
Muitas pessoas acabam contribuindo sem planejamento, com valores muito baixos ou altos demais, acreditando que estão no caminho certo para uma boa aposentadoria.
O problema é que nem sempre a contribuição mais alta significa uma aposentadoria maior, pois o cálculo do INSS considera a média dos salários ao longo do tempo, não apenas os valores das últimas contribuições.
Assim, sem um planejamento previdenciário, você pode estar jogando dinheiro fora, contribuindo de forma desnecessária, ou pode estar contribuindo menos do que deveria, reduzindo seu benefício futuro.
Um planejamento previdenciário identifica exatamente qual é o valor ideal para sua contribuição de acordo com seu objetivo.
Vamos supor que seu foco seja garantir o teto máximo da aposentadoria: o planejamento irá orientar a forma de contribuição e as faixas salariais que realmente vão te levar a esse benefício, sem desperdício de valores.
O planejamento ajuda a ajustar:
- O valor conforme suas condições financeiras atuais;
- Seus objetivos de aposentadoria e;
- Tempo que falta para se aposentar.
Mais um exemplo prático?
Exemplo da Maria
Imagine que Maria, aos 40 anos, ganha R$4.000 por mês e está contribuindo para o INSS sobre o valor total.
Após uma análise detalhada com o planejamento, o advogado previdenciário observa que, para ela atingir o valor que espera de aposentadoria, ela não precisa contribuir sobre R$4.000 agora.
Pode ser feito um planejamento para que ela contribua sobre uma média menor neste momento.
Assim, Maria otimiza o seu dinheiro agora e aumenta suas contribuições mais perto da aposentadoria, quando os valores terão maior impacto no cálculo do benefício.
Quem escolher fazer um planejamento previdenciário, tem um “mapa”personalizado com cada detalhe das regras do INSS, as mudanças de legislação e a orientação para a contribuição no valor correto no tempo certo.
E por falar nisso…
3. Antecipar a aposentadoria
Fazer um planejamento previdenciário para antecipar a aposentadoria é uma estratégia eficaz para quem deseja se aposentar mais cedo sem abrir mão de um benefício adequado.
Vamos entender melhor?
O primeiro passo no planejamento previdenciário é saber exatamente quais são as exigências do INSS para cada tipo de aposentadoria, o que ajuda a alinhar seus objetivos e determinar qual é o caminho mais rápido.
Existem modalidades que permitem aposentadoria com menor tempo de contribuição, como a aposentadoria especial, para trabalhadores expostos a agentes nocivos, e a aposentadoria por tempo de contribuição com direito adquirido, se você começou a contribuir antes da reforma previdenciária.
Cada uma dessas regras tem requisitos e vantagens diferentes, e escolher a mais adequada pode fazer a diferença entre se aposentar mais cedo ou mais tarde.
Um planejamento previdenciário ajuda a identificar qual regra de transição é mais vantajosa para o seu caso, garantindo a antecipação da aposentadoria sem perdas.
E se você quiser se aprofundar neste assunto, eu tenho artigo no Blog e vale a pena conferir: Como adiantar sua aposentadoria no INSS?
4. Verificar possíveis pendências no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais)
CNIS é o banco de dados que o INSS utiliza para verificar o histórico de trabalho e contribuição de cada segurado e, com isso, definir o direito e o valor do benefício de aposentadoria ou de outros benefícios.
Em outras palavras, o Cadastro Nacional de Informações Sociais, é um documento vital para quem deseja se aposentar e depender dele sem uma análise prévia pode trazer transtornos, perdas financeiras e atrasos.
Um dos problemas mais comuns ao solicitar a aposentadoria são as informações incorretas ou faltantes no CNIS, como:
Vínculos de trabalho não registrados;
Salários de contribuição com valores divergentes;
Contribuições que não aparecem no sistema.
Esses erros podem ser causados por falhas no envio dos dados pela empresa, atrasos no processamento pelo INSS ou até pelo próprio sistema do CNIS.
E o fato é que quando há pendências ou inconsistências no CNIS, o processo de concessão de aposentadoria pelo INSS tende a se arrastar.
Isso ocorre porque o INSS exige uma série de documentos e provas adicionais para ajustar as informações no sistema, o que gera burocracia e demora na análise do benefício.
Por este motivo, a importância de realizar um bom planejamento previdenciário para identificar e corrigir qualquer inconsistência para evitar surpresas no momento da concessão do benefício.
Leia também: Cadastro Nacional de Informações Sociais: Como saber se as informações estão corretas?
5. Organizar os documentos necessários
A aposentadoria exige diversos documentos pessoais, como RG, CPF e comprovante de residência, além de documentos específicos da vida laboral, como carnês de contribuição, holerites e contratos de trabalho.
Quando falta algum documento ou há dados incorretos, o INSS costuma exigir comprovações adicionais.
Isso significa que, se você der entrada na aposentadoria sem ter tudo em ordem, o processo pode ser suspenso até que você apresente a documentação solicitada.
E tem mais. Para quem trabalhou em condições de insalubridade ou periculosidade, é possível contar com o tempo especial para antecipar a aposentadoria, como vimos há pouco.
Contudo, o INSS exige laudos e documentos específicos, como o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) e o Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT).
Sem esses comprovantes, a contagem de tempo especial pode ser negada. Um transtorno não é mesmo?
Aposentadoria é um momento muito esperado e deve ser vivido com tranquilidade, sem contratempos.
Por isso, é importante realizar um planejamento previdenciário.
Organizar os documentos não é só uma questão burocrática; é o que assegura que cada contribuição, cada vínculo e cada detalhe da sua vida laboral sejam considerados pelo INSS.
6. Escolha das melhores regras de transição
Antes da Reforma da Previdência, as regras de aposentadoria eram diferentes, e muitos segurados já tinham planos com base nessas normas antigas.
E como esse assunto sempre desperta muitas dúvidas, vou explicar em detalhes.
Regras de transição
A Reforma Previdenciária trouxe cinco regras de transição que permitem aos segurados escolher a opção mais adequada ao seu caso.
Cada regra tem exigências diferentes, seja na combinação de idade com tempo de contribuição, seja nos pontos acumulados ou até mesmo em pedágios.
Por exemplo: Para quem está perto de se aposentar, algumas regras de transição, como as que exigem o “pedágio” de 50% ou 100%, podem ser mais vantajosas.
E tem mais. A Reforma também aumentou o tempo de contribuição para algumas categorias, o que impacta principalmente aqueles que têm carreiras com contribuições intermitentes
Esse leque de opções pode ser confuso, é natural.
Por isso, o mais recomendado é fazer um Planejamento Previdenciário para uma análise detalhada de qual regra de transição oferece a aposentadoria mais rápida e/ou com o valor mais vantajoso para o seu perfil.
Forma de cálculo dos benefícios
Outro ponto importante é que a Reforma alterou a forma de cálculo dos benefícios.
Agora, a média salarial considera todos os salários de contribuição desde julho de 1994, o que pode reduzir o valor final, especialmente se houver períodos de contribuições baixas.
Um planejamento previdenciário permite revisar esses valores e, se possível, ajustar as contribuições atuais para garantir um cálculo de benefício mais alto no futuro.
Em muitos casos, adequar as contribuições pode fazer uma grande diferença no valor da aposentadoria, oferecendo a você uma renda mais confortável para o restante da vida.
Para quem exerce atividade especial
Para quem exerce atividades que dão direito à aposentadoria especial, a Reforma também trouxe mudanças importantes, como a exigência de idade mínima.
Sem o planejamento previdenciário, muitos profissionais da área da saúde, vigilantes, metalúrgicos, entre outros, correm o risco de se deparar com restrições inesperadas.
Esse, é mais um motivo por que você deve fazer um Planejamento Previdenciário. Para esclarecer essas novas regras e traçar o melhor caminho, evitando que você se depare com requisitos inesperados.
E para isso, é crucial contar com um bom advogado.
3. Qual advogado que faz o Planejamento Previdenciário?
O profissional capacitado para elaborar um Planejamento Previdenciário e que conhece a fundo a legislação, é o advogado previdenciário.
Um especialista em previdência, está sempre atualizado sobre essas mudanças e possui um entendimento técnico profundo da legislação.
Isso significa que ele pode avaliar sua situação específica e propor estratégias personalizadas que considerem todos os aspectos legais relevantes, garantindo que você siga o melhor caminho possível para alcançar sua aposentadoria.
Portanto, além do conhecimento técnico, apenas o advogado especialista em direito previdenciário possui o conhecimento necessário para:
- Fazer uma análise minuciosa do seu histórico de trabalho e contribuições;
- Corrigir erros comuns e pendências no CNIS que podem levar ao indeferimento da aposentadoria;
- Fazer o cálculo preciso do tempo de contribuição;
- Traçar estratégias para aumentar o valor da aposentadoria;
- Fazer um planejamento personalizado levando em conta as particularidades e objetivo do beneficiário;
- Simular diferentes cenários de aposentadoria para a escolha do melhor benefício;
- Apontar o melhor momento para entrar com o pedido de aposentadoria.
Contar com um advogado previdenciário é crucial para um planejamento de aposentadoria bem-sucedido.
Conclusão
Você chegou ao final dessa leitura, e agora já sabe porque deve fazer um Planejamento Previdenciário:
- Fazer o requerimento da aposentadoria no momento certo;
- Ajustar o valor das contribuições;
- Antecipar a aposentadoria;
- Verificar possíveis pendências no CNIS;
- Organizar os documentos necessários;
- Fazer a escolha das melhores regras de transição.
Esse processo não só evita surpresas desagradáveis, mas também garante que você aproveite ao máximo os seus direitos.
Com um Planejamento Previdenciário, você pode aumentar o valor do seu benefício, escolher o momento certo para se aposentar e evitar erros que poderiam comprometer a sua renda futura.
Lembrando que para tanto, é fundamental contar com o apoio de um bom advogado previdenciário.
Portanto, não deixe para depois!
Fico por aqui e espero ter ajudado.
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Mas se você ficou com alguma dúvida, basta deixar nos comentários que eu esclareço.